sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Aaaaa o final do ano.
Eu particularmente adoro o fim de ano. Época boa, onde o amor exala nas pessoas, a caridade vira prioridade, a dieta é esquecida, mas todos devem ser lembrados na hora de comprar presentes.
E as festas... Adoro as festas, as reuniões em família, aquelas em que nos amamos loucamente, somos unidos e amorosos, família modelo, de comercial de margarina, mas em cinco minutos um barraco rola, uns palavrões são soltos, uns sentimentos são feridos, mas logo tudo é esquecido. A louça fica na pia, as dividas no cartão de crédito, mas nada disso importa afinal é Natal, é fim de ano. Época de renovação.
Época de fazer promessas, as que já fizemos antes, e não cumprimos. Não somos muito bons nisso, em cumprir promessas. Época também de renovar todas as nossas metas, lembra aquelas que fizemos antes e não deram certo.
Mas nada me toca mais no fim do ano, como o espirito natalino das pessoas, todos se tornam educados, se cumprimentam, desejam boas festas, são simpáticas, riem. Espere, pois lembra aquela pessoa que quase cuspiu na sua cara e pisou na sua cabeça o ano todo, então, ela virá te abraçar e desejar tudo de bom a você. E nós, pessoas evoluídas e envolvidas na magia do fim do ano, vamos esquecer o quão fdp a pessoa foi, vamos rir e dar felicitações.
E os amigos secretos hein... Tiramos uma pessoa que mal conhecemos, compramos o presente de duzentos reais e ganhamos o de cinquenta.
Sem contar que a religiosidade das pessoas surge abruptamente. Quem é ateu pula as sete ondas, faz pedidos a Yemanjá, acende velas na praia.
Mas isso não importa, o que importa são os cartões e felicitações, em que podemos fingir que amamos e somos amados por todos.
Mas mesmo assim esperamos o ano todo por essa época. E no seguinte, o que fazemos?! Exatamente tudo igual. Quando a folha do calendário muda, nós também mudamos. Voltamos a conviver com nossa ignorância, a má educação ressurge, ajudar o próximo já não é tão importante, a compaixão também. Voltamos a falar mal de quem não gostamos, a julgar as atitudes de quem reprovamos. Lembramos que existe Datena e tragédias. A rotina volta, a falta de paciência e o tédio também.
Desejo a todos um feliz 2013, que possamos ser menos falsos e mais realistas.  Que realmente paremos de olhar apenas para nosso umbigo, pois o mundo não gira em torno dele.
E vamos agradecer né, por que mesmo muita coisa sendo um saco, estamos felizes que o mundo não acabou.... Mas será que não está acabando aos poucos?!


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